TAMIRES ÍTALO TRIGUEIRO PEIXOTO , FOI DIRETOR DA ESCOLA ESTADUAL BARÃO DE MIPIBU, NO PERÍODO DE 03 DE SETEMBRO
DE 1990 A 22 DE JULHO DE 1991
TAMIRES ÍTALO TRIGUEIRO PEIXOTO foi um importante professor
mipibuense. Nasceu em São José de Mipibu no dia 16 de novembro de 1942. Filho
do ex-vereador João Alves Peixoto e da professora Clóris Trigueiro Peixoto,
descendentes de portugueses e italiano. Tamires é descendente direto de uma das
primeiras famílias a chegar a São José. Pelo lado paterno, é neto de Antônio
Ezequiel Peixoto e Joana Alves Maciel Peixoto, de quem herdou uma parte da
antiga "Fazenda Morgado". Do lado materno, seus avós se chamavam
Ábdon Álvares Trigueiro e Higina Campos Trigueiro. Ele, evangélico, foi capitão
de polícia, em Macaíba, além de músico e compositor.São de autoria de Ábdon
Álvares, segundo a professora Maria Leide Tavares Peixoto, esposa de Tamires
Ítalo, as músicas "Olhos", "Caminhos do Sertão" e as gospels "Segura
a mão de Deus" e "Glória Aleluia".
Na infância era um menino muito extrovertido e realizado, pois
tinha o amor e carinho de todos os que cercavam seus pais Clhóris Peixoto e
João Alves, que foi vereador no município e sua mãe, professora da cidade.
Tamires estudou o primário no Grupo Escolar Barão de Mipibu.
Sua primeira professora foi Carminha Gomes. Após passar pelo curso primário,
foi para o Ginásio Comercial de São José de Mipibu, que hoje é a Escola
Estadual Professor Francisco Barbosa. Em seguida, frequentou escolas de renome
da capital, entre elas, o Sagrada Família, Instituto Padre Miguelinho e o
Atheneu Norte-riograndense.
Aos 18 anos de idade prestou serviço as Forças Armadas
(Aeronáutica), no período de 1960-1961, sendo a dispensado. Posteriormente,
ingressou no Ministério da Saúde, sendo Guarda Sanitário.
Concluindo que não tinha vocação para os cargos que ocupava,
iniciou sua carreira como professor de História, formado em 1967, pela
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, mas lecionou, também, as
disciplinas de Geografia, OSPB e Moral e Cívica.
Veio a conhecer a jovem Maria Leide Tavares, que ao pouco
tempo de conhecido vieram a se casar, com dois anos de namoro, com que tiveram
a filha Clóris Tavares Peixoto, herdando o nome de sua avó paterna.
Por 42 anos se dedicou à educação da sua cidade e de Nísia
Floresta. "Todos os professores de São José, filhos da terra, sem exceção,
foram alunos dele e de sua mãe, Clóris Trigueiro Peixoto".
Quando estava em pleno exercício da profissão de educador,
Tamires ocupou o cargo de diretor das escolas Estaduais Barão de Mipibu e
Professor Francisco Barbosa, em ocasiões distintas. Essa última, respondeu por
oito anos, de 1994 a 2002. Foi também professor do Instituto Pio XII.
Residiu por vários anos na sua granja "Morgado", na
estrada de acesso ao município de Nísia Floresta. O Morgado teve um papel de
relevância na história dos municípios de São José de Mipibu e Nísia Floresta.
Foi naquela propriedade, mais precisamente no antigo casarão da "Fazenda
Morgado", que ficou hospedado o homem designado pela Província para
emancipar São José de Mipibu, em 1762. Seu nome: Miguel Carlos Caldeira de Pina
Castelo Branco de Souza Morgado. Em homenagem ao ilustre visitante, a
propriedade foi rebatizada com seu nome pelos antepassados de Tamires.
Dedicou-se a educação dos municípios de Nísia Floresta na
Escola Municipal Yayá Paiva e em São José de Mipibu, em várias instituições de
ensino. Em 1990 foi nomeado diretor da Escola Estadual Barão de Mipibu, em 1995
sendo nomeado diretor da Escola Estadual Prof. Francisco Barbosa, onde dedicou
a maior parte da sua vida como gestor da referida escola.
O veterano da educação se dedicou bastante à educação.
"Quando não tinha vigia, ele ia de 5h30 da manhã para a escola. E quando
não tinha porteiro, assumia o posto com 900 alunos para dar conta", informou,
Maria Leide Tavares.
Tanto Tamires como sua esposa Leide, deram suas contribuições
à educação de São José de Mipibu. "A gente podia ter se aposentado com 25
anos, mas não quisemos, porque gostávamos de trabalhar", prosseguiu Leide,
que além de professora exerceu os cargos de supervisão, direção e vice-direção,
esse último, ao lado do marido diretor. Maria Leide dedicou 31 anos de sua vida
à educação. O legado da profissão foi deixado para a única filha do casal,
Chlóris Tavares Peixoto, que também é professora.
Segundo o pesquisador Luís Carlos Freire, "Tamires
seguia a doutrina espírita. Pensava mais nos outros do que nele. Foi um
educador respeitado"
O professor Tamires enfrentava problemas de saúde. Após ter
perdido a perna direita em consequência de um acidente em 2005, descobriu que
era diabético. Nesse mesmo ano, amputou o seu membro inferior direito. Com as
consequências do quadro apresentado, teve um infarto fulminante do miocárdio,
no dia 4 de março de 2009, às 19h30, em sua residência, chegando a ser socorrido ao
Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros. O velório ocorreu na Escola
Estadual Barão de Mipibu e o sepultamento ocorreu, no dia 5, após a celebração
da missa de corpo presente, na Igreja Matriz. A prefeita Norma Ferreira
decretou luto oficial no município em virtude do falecimento de Tamires.
FONTE – BLOG O ALERTA,
DE JOSÉ ALVES E O LIVRO ORGULHO MIPIBUENSE, DE MARIA LÚCIA AMARAL
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